Jornal ÉME – Huambo – 17.05.24 – A realização das feiras dos produtos agrícolas na província do Huambo, têm estado a estimular o consumo da produção nacional e a aumentar a renda familiar com a comercialização dos proventos do campo.

Neste âmbito, a Secretária-Geral da OMA, Joana Tomás, prestigiou no município do Longonjo, a abertura de uma feira de exposição dos alimentos do campo, que serviu para demonstrar as potencialidades agrícolas da região, e criar oportunidades de negócios, assim como atrair investidores nacionais e estrangeiros.

No evento que decorreu no quadro do Projecto Kudima na região centro e sul de Angola, foram apresentados vários produtos como a mandioca, banana, milho, feijão, kizaka, alho, massambala, massango, trigo, arroz, ginguba, cana de açúcar, limão, laranja, mel, abacaxi e instrumentos de trabalho utilizados no exercício do campo.

Na ocasião, a Secretária-Geral da OMA encorajou as mulheres organizadas em cooperativas que trabalham nos campos de cultivo e contribuem para a autossuficiência alimentar das populações e exportar para outros pontos do País.

VISITA À COOPERATIVA TERRA NOVA

No município da Caála, propriamente na comuna da Calenga, foi vistoriada a Cooperativa Terra Nova, composta por 120 mulheres, e que está instalada numa área total de 50 hectares, em cuja fase actual foram plantadas 14 hectares de trigo.

No local, a responsável da cooperativa, Victorina Jambela, avançou que esperam apoios que têm a ver com a aquisição de tratores, sementes, máquinas para a colheita do produto, e oportunidades para se firmar contratos com compradores de grandes centros comerciais.

Sobre a plantação do trigo, Joana Tomás, disse que a acção daquelas mulheres vem responder de forma positiva o apelo do Presidente da República, João Lourenço, sobre a necessidade do cultivo do trigo no País, e reduzir as importações destes produtos.

VISITA À OMBALA DO REINO DO HUAMBO

Como rege a tradição local, Joana Tomás, foi ao encontro do Soberano do Reino do Huambo, Artur Moço, onde apresentou preocupações relativas à fuga a paternidade, questões ligadas às “minas tradicionais” casos de adultério, abusos de menores, e a realização das campanhas de moralização da sociedade junto das comunidades.

Ao responder as preocupações apresentadas, o soberano defendeu a necessidade da aprovação pela Assembleia Nacional, de um estatuto para as autoridades tradicionais para dar soluções aos diferentes conflitos, com realce para questões de feitiçaria e as “minas tradicionais” conhecidas por tala.

Joana Tomás prestou uma sentida homenagem aos heróis do reinado, e perspectivou que a reconstrução deste reino traga a verdadeira identidade cultural do povo do Huambo.

Texto: DN