HISTORIAL

O “Dia da Libertação da África Austral” é celebrado a 23 de Março. Este momento foi o culminar de uma etapa do processo que determinou o rumo que os países da África Austral seguiram para a sua libertação e consolidação das suas independências, ressaltando aqui a libertação de Nelson Mandela, a queda do regime racista da África do Sul e, a Independência da Namíbia.
É uma história com muitos protagonistas, mas o Jornal ÉME traz a lume a descrição esmiuçada de alguns feitos dos nossos bravos combatentes.

A seguir, a transcrição da comunicação de Fernando Amândio Mateus, extraída das Actas do I Colóquio Internacional sobre a História do MPLA, realizado em Dezembro de 2011, no Centro de Conferências de Belas:

COMUNICAÇÃO

A BATALHA DO CUITO CUANAVALE 

As transformações no mundo, em meados da década de 80, com destaque para a Perestroika, que culminou com o desmembramento da antiga União Soviética, provocaram uma grande agitação no seio dos principais actores da geopolítica internacional.

A luta pela busca de um maior protagonismo e posicionamento privilegiado no novo cenário mundial dominado por uma única potência, os Estados Unidos da América (EUA), levou a que muitos países, antes apoiados pelo Bloco do Leste, com movimentos rebeldes lutassem contra os governos neles estabelecidos e se empenhassem fortemente na luta pela consolidação dos seus ideais.

Em Angola, esta nova realidade provocou o incremento das ações dos rebeldes da UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola, em quase toda a extensão do território nacional, na tentativa de traduzir a aparente vantagem política que possuía no novo cenário internacional, devido aos apoios que recebia dos EUA, em ganhos no teatro das operações militares.

Desta forma, este movimento rebelde procurou a todo custo alargar as suas acções em todo o território nacional, destacando-se os ataques de carácter subversivo contra importantes objectivos económicos e estratégicos.

As autoridades angolanas, com o seu Chefe de Governo e Comandante-em-Chefe das FAPLA – Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, Presidente José Eduardo dos Santos, gizaram uma grande estratégia para frustrar as intenções dos rebeldes: iniciativa e maior protagonismo no teatro das operações militares. Esta linha de pensamento estratégico esteve na base da Operação “Saudemos Outubro”, contra o bastião militar da UNITA, localizado na Jamba, a sudeste da sede do Município de Mavinga, independentemente de essas forças contarem com o apoio directo da África do Sul, regime racista do Apartheid, e dos EUA.

Esta zona do território angolano encontrava-se sob ocupação do exército sul-africano, desde o início dos anos 80. Em meados de Junho de 1987, por ordem do Camarada Comandante-em-Chefe, Presidente José Eduardo dos Santos, e do Camarada Ministro da Defesa da República Popular de Angola criou-se uma agrupação de tropas compostas pelas seguintes unidades:

–          16ª Brigada de Infantaria, comandada pelo Capitão “Sacudido”, falecido.

–          21ª Brigada de Infantaria, comandada pelo Capitão “Ngueleca”, falecido.

–          47ª Brigada de Desembarque e Assalto, comandada pelo Capitão “Dimas”, actualmente superintendente da Polícia Nacional.

–          59ª Brigada de Infantaria Motorizada, comandada pelo Capitão “Valeriano”, actualmente Tenente General na Divisão da Infantaria Motorizada em Malanje e, posteriormente, pelo Capitão “Hissendjuluca”, actualmente Coronel e Chefe de Estado-Maior Adjunto da 4ª região militar.

–          25ª Brigada de Infantaria Motorizada, inicialmente comandada pelo primeiro Tenente “Ndonga”, falecido, e depois pelo Capitão “Valeriano”, anteriormente a comandar 59ª Brigada de Infantaria Motorizada.

–          8ª Brigada de Infantaria, comandada pelo Capitão “Nzenzeca”, actualmente Coronel na reforma.

–          13ª Brigada de Desembarque e Assalto, comandada pelo Capitão que “Kiluange”, falecido, e posteriormente pelo Capitão “Keba”, actualmente Coronel na Brigada de Infantaria Motorizada localizada na Província do Zaire.

–          66ª Brigada de Infantaria, comandada pelo Capitão “Kangamba”, falecido.

–          52ª Brigada de Defesa Anti-Aérea foguetes “Osaka”, comandada pelo Capitão “Jota”, falecido.

–          24ª Brigada de Defesa Anti-Aérea foguetes “Petchora”, comandada pelo Capitão “Faz Tudo”, actualmente Capitão-de-Mar-e-Guerra na Marinha.

–          68ª Brigada de Artilharia Terrestre, comandada pelo Capitão “Moniz”, actualmente Major na reforma.

–          1º Grupo Tático, comandado pelo 1º Tenente “Nando”, falecido.

–          2º Grupo Tático, comandado pelo 1º Tenente “Dack Doy”, paradeiro desconhecido, e posteriormente comandado pelo Sub-Tenente “Remígio do Espírito Santo”, actualmente Brigadeiro e Chefe do Estado-Maior na 4ª Região Militar.

Com estas unidades criaram-se duas agrupações com a missão de encetar uma ofensiva em direcção à sede do Município de Mavinga.

A 1ª agrupação composta pela 16ª Brigada, pela 21ª Brigada e pelo 1º Grupo Tático.

A 2ª agrupação composta pela 47ª Brigada de Desembarque e Assalto, pela 59ª Brigada de Infantaria Motorizada e pelo 2º Grupo Tático.

A missão da primeira agrupação comandada pelo Major “Ngueto”, falecido, foi atingir Mavinga.

A agrupação marchou desde a ponte sobre o Rio Chambinga até Cujamba. A missão da 2ª agrupação, comandada pelo Major “Tobias”, falecido, foi atingir a nascente do rio Lomba. A agrupação marchou desde a ponte sobre o Rio Chambinga até nascente do rio Lomba. As duas missões foram cumpridas com êxito até ao rio Lomba.

Posteriormente, a 47ª Brigada de Desembarque e Assalto contornou a nascente do rio Lomba e tomou posição na margem direita, a oeste de Mavinga, ficando isolada das outras Unidades.

Como nessa situação o bastião da UNITA corria o risco de ser aniquilado, a 9 de Setembro de 1987, assistiu-se à intervenção maciça da aviação sul-africana e Forças Terrestres Mecanizadas, contra as nossas Unidades que se encontravam ao longo do Rio Lomba e contra a 47ª Brigada de Desembarque e Assalto, que se encontrava isolada das outras unidades.

Contra as nossas unidades avançaram a Unidades Mecanizadas, entre elas o Batalhão 32 Búfalo, com artilharia de grande calibre (baterias de canhões G5 e G6), e lança-roquetes múltiplos de 127 mm Valquíria. Durante esta intervenção, a 47ª Brigada de Desembarque e Assalto foi parcialmente neutralizada.

Devido à grande distância de localização das nossas tropas, do ponto de reabastecimento, e intervenção das forças sul-africanas no teatro das operações militares para salvar as forças militares da UNITA, o Comando Superior das FAPLA ordenou a retirada das nossas forças para uma linha de defesa na margem este do Rio Chambinga.

De meados de Setembro a Outubro de 1987, na região da nascente do rio Chambinga – rio Cuzizi e nascente do rio Mianei travaram-se as maiores batalhas, de tanques e meios blindados, em operações em África depois da 2ª Guerra Mundial. As nossas forças mantiveram esta posição até início de Novembro de 1987.

Em Novembro de 1987, o inimigo sul-africano reforçou as suas tropas, com o objectivo de abrir um corredor para se apoderar da povoação do Cuito Cuanavale e prosseguir em direção Menongue – Huambo, para destabilizar politicamente o país, assim como destruir os objectivos económicos e estratégicos e, provavelmente criar um governo “fantoche” a sul do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB).

Tomámos a decisão de passar à defesa na caixa denominada Chambinga, na margem leste do Rio Chambinga, a 16 quilómetros do Cuito Cuanavale. Posicionámos as nossas forças sob pressão constante de golpes de aviação e artilharia do inimigo. Desdobramos três Brigadas na linha da frente e um Grupo Táctico na profundidade como defesa de cabeça-de-ponte. No flanco esquerdo, da nascentes do Rio Cuatir, posicionámos a 21ª Brigada de Infantaria Motorizada, comandada pelo Capitão “Ngueleca”. No centro, a 59ª Brigada de Infantaria Motorizada comandada pelo Capitão no flanco direito a vigésima quinta Brigada de Infantaria Motorizada, comandada pelo Capitão “Hissendjuluca”. No flanco direito, a 25ª Brigada de Infantaria Motorizada, comandada pelo Capitão “Valeriano”.

Na nascente do Rio Tumpo, povoação de Samaria, mantivemos um Grupo Táctico, composto por um batalhão de tanques e um de infantaria, comandado pelo 2º Tenente “Beto” e, posteriormente, pelo 2º Tenente “Remígio do Espírito Santo”.

Mantivemos um perímetro para defesa da povoação do Cuito Cuanavale, posicionado da seguinte forma:

13ª Brigada de Desembarque e Assalto, a sul.

66ª Brigada de Infantaria, a Sudeste.

16ª Brigada de Infantaria a Sudoeste.

No centro desse perímetro posicionamos as Brigadas:

68ª Brigada de Artilharia Terrestre, comandado pelo Capitão “Moniz”.

52ª Brigada de Defesa Anti-Aérea de foguetes “Osaka”, comandada pelo Capitão Jota”.

24ª Brigada de Defesa Anti-Aérea de foguetes “Petchora”, comandada pelo Capitão “Faz Tudo”.

UNIDADES DE LOGÍSTICA, SERVIÇOS MÉDICOS E OUTROS SERVIÇOS

O posto do comando, da 6ª Região Militar, encontrava-se a três quilómetros a oeste da povoação do Cuito Cuanavale. O abastecimento logístico era efectuado por via terrestre, desde Menongue ao Cuito Cuanavale, e escoltado pela 8ª Brigada de Infantaria, comandada pelo Capitão “Nzenzeca”. As colunas percorriam 180 quilómetros, com acções combativas constantes contra o inimigo, e levavam de 15 a 30 dias para atingir o objectivo.

Posteriormente, com o desdobramento das forças da 36ª Brigada de Infantaria, comandada pelo Capitão “Napoleão” na povoação do Longa, o abastecimento passou a fazer-se entre 8 a 15 dias. Os abastecimentos às nossas tropas, que se encontravam em defesa na caixa de Chambinga eram efectuados através da ponte sobre o Rio Cuito Cuanavale. A mesma ponte era constantemente flagelada, com artilharia de longo alcance, e golpes de aviação.

Em Janeiro de 1988 a mesma foi destruída por um avião não tripulado, numa tentativa de três aviões. Desta forma criaram-nos grandes dificuldades na travessia de meios de materiais para abastecer e reforçar as tropas estacionadas na caixa de Chambinga.

Neste período destacamos o trabalho heroico das Unidades de Engenharia. No período nocturno, com os Pelotões Morcegos, restabeleciam a pista do aeroporto para ser possível a qualquer aeronave efectuar as aterragens, e na travessia dos meios materiais, com meios anfíbios (PTS, GSP e canoas), debaixo de fogo intenso de artilharia.

No início de Janeiro de 1988 a grande agrupação de forças blindadas sul-africanas realizou o primeiro ataque contra as nossas forças na caixa de Chambinga (denominado Tumpo pelos sul-africanos), com apoio aéreo e artilharia de longo alcance. Este ataque foi repelido pelas nossas forças com golpes de artilharia, aviação, tiros directos de tanques, canhões anti-aéreos disparados contra as forças terrestres sul-africanas.

Neutralizámos a tentativa do inimigo sul-africano de se apoderar da região do Tumpo. Em 4 de Janeiro de 1988, os meios de comunicação internacional informavam que a povoação do Cuito Cuanavale se encontrava em poder das forças sul-africanas.

O Ministério da Defesa e o Estado-Maior General permitiram a entrada de jornalistas nacionais e estrangeiros no teatro das operações militares, com o intuito de desmentir as falsas informações. Autorizámos os meios de comunicação a filmar o tanque elevado de água, de cor branca, com a inscrição “Cuito Cuinavale”. Esse tanque ainda hoje existe e é um marco histórico da batalha do Cuito Cuinavale.

As forças sul-africanas, com particularidade para a artilharia de longo alcance, do tipo G5 e G6, e aviação, continuaram a golpear as nossas posições, a ponte, a pista e outros objectivos da nossa ordem operativa. A 14 de Janeiro de 1988, realizam o segundo grande ataque contra as nossas forças que se encontravam na linha do Cuatir-Chambinga-Tumpo. Voltam a ser rechaçados. Para aniquilar o inimigo decidimos:

Primeiro, assegurar a defesa da linha de abastecimento para garantir que as reservas logísticas chegassem num mais curto espaço de tempo, sem perdas nem destruição de meios pelo inimigo. Recebemos o reforço da 10ª Brigada de Infantaria proveniente de Cabinda, comandada pelo Capitão “Incendiário”, falecido, que foi desdobrada ao longo da via entre o rio Longa – rio Cuatir.

Recebemos também o reforço de mais dois batalhões provenientes da 5ª Região Militar. Um saiu da Cahama (Cunene) e o outro do Mulundu (sul da Matala), ficaram posicionados entre o rio Cuatir e o rio Luassingua. Esta acção permitiu que o abastecimento logístico, que se fazia num tempo superior a 8 dias, passasse a ser efectuado em horas.

Segundo, controlar o espaço aéreo que estava dominado pelas forças sul-africanas, desde 1979. Com o apoio do chefe superior criámos um desdobramento de meios de defesa anti-aéreos modernos. Os meios consistiam num sistema de foguete antia-éreos, foguetes móveis, fixos e portáteis, na defesa das tropas e objectivos estratégicos no território da 6ª Região Militar, num desdobramento de estações de rádio – localização (radares), desde Cuito Cuanavale – Menongue, conjugados com os de outras regiões militares e com um sistema eficiente de comunicações. Para reforçar os MIG- 21, existentes, recebemos novos aparelhos caça interceptor e caça bombardeiro, do tipo MIG- 23 e SU- 22 pilotados por jovens pilotos angolanos maioritariamente recém formados.

A partir de Janeiro de 1988, com reforço da aviação, interligado com os sistemas de defesa anti-aéreos, neutralizámos definitivamente as acções da aviação sul-africana, dominando por completo o espaço aéreo a sul do nosso território. Estavam criadas as condições para aniquilar as forças terrestres sul-africanas.

A 14 de fevereiro de 1988, às 04 horas, o inimigo com todos os seus meios disponíveis, sem o apoio da aviação, atacou a 21ª Brigada de Infantaria, comandada pelo Capitão “Ngueleca”. Às 15 horas no mesmo dia neutralizaram a nossa brigada.

As tropas de reserva do Grupo Táctico, localizadas na nascente do Tumpo, conjugadas com as tropas do segundo Escalão da 59ª Brigada de Infantaria Motorizada e o segundo Escalão da 25ª Brigada de Infantaria Motorizada, realizaram o contra-ataque, desde a nascente do Rio Tumpo, pela 21ª Brigada de Infantaria. Pelas 19 horas recuperámos a posição perdida.

O inimigo continuou em vantagem, em relação às nossas tropas, pois o terreno era-lhes favorável, as peças de artilharia tinham maior alcance e potência, a artilharia dos tanques maior potência e alcance e a correlação de forças entre homens era superior à nossa.

A norte do Cuito Cuanavale, margem esquerda do Rio com o mesmo nome era necessário criar condições para trazer o inimigo para o alcance efectivo das nossas armas, inclusive as armas de tiro direito. Do flanco direito da nossa defesa retirámos a 25ª Brigada de Infantaria Motorizada, no Chambinga, passando a defesa a ficar localizada entre as nascentes do Rio Dala e o Rio Tumpo. Desta forma, reforçámos a 25ª Brigada de Infantaria Motorizada com um Grupo Táctico que aí se encontravam.

Na linha dianteira de defesa desta unidade, 25ª Brigada de Infantaria Motorizada, comandada pelo Capitão “Valeriano” criámos um sistema de obstáculos engenheiros, não convencional, com minas reforçadas, armadilhadas, bombas de aviões, projécteis de artilharia, entre outros.

O trabalho engenheiro das tropas foi reforçado com abrigos e refúgios. Depois de concluídos os trabalhos engenheiros, retirámos a 59ª Brigada de Infantaria Motorizada e a 21ª Brigada de Infantaria Motorizada, para a margem direita do Rio Cuito Cuanavale, localizado a sul da povoação com o mesmo nome. Neste perímetro, desdobramos as Unidades na defesa a sul, a este e a sudeste do Cuito Cuanavale, para o seu restabelecimento e completamento, com homens e meios materiais. O perímetro de defesa das Unidades estava posicionado da seguinte forma:

–          A oeste, na confluência do Rio Cuito e o rio Cuanavale, um batalhão da 36ª Brigada de Infantaria.

–          A sudoeste, a 21ª Brigada de Infantaria Motorizada.

–          A sul, a 66ª Brigada de Infantaria e a 59ª Brigada de Infantaria Motorizada.

–          A sudeste, a leste da ponte sobre o Rio Cuito Cuanavale, a 13ª Brigada de Desembarque e Assalto.

–          A norte da povoação do Cuito Cuanavale, na margem esquerda do Rio, a 25ª Brigada de Infantaria Motorizada reforçada.

Durante o período de preparação e desdobramento, para o novo dispositivo de defesa, as acções prosseguiam com golpes de aviação e de artilharia de longo alcance entre as duas partes.

Naquela altura, prevíamos que seria a batalha decisiva, que se iniciou às 04 horas do dia 23 de Março de 1988. A esta hora, com o tempo nublado e sobre chuva intensa, sem a possibilidade de utilizar a nossa aviação, concentrámos todas as forças e meios existentes no terreno, e disparámos contra o inimigo atacante. Às 16 horas, depois de travarmos o avanço do inimigo e causando-lhes inúmeras baixas, entre tanques, transportadores blindados, meios de artilharia e forças vivas, o inimigo recuou em debandada, para a região da nascente do Rio Chambinga. Então, já com o tempo aberto interveio a nossa aviação que golpeou as forças do inimigo em retirada continuando a causar-lhes baixas. Às 18 horas, iniciámos a concentração dos meios capturados, tais como tanques do tipo Oliphant e outros meios materiais.

Com a derrota do inimigo, na batalha de 23 de Março de 1988, as forças sul-africanas perderam a possibilidade de defender o território namibiano, por eles ocupado, sem capacidade de manobra para se oporem às nossas forças que marchavam na direção secundária. As nossas forças facilmente chegaram à fronteira namibiana, na região de Calueque, com possibilidade de penetrarem no território namibiano e atingir o rio Orange (fronteira Namíbia-África do sul).

A resolução 435 das Nações Unidas sobre a independência da Namíbia foi cumprida, e as tropas sul-africanas foram retiradas do território namibiano. Estava cumprido o pensamento do Saudoso Presidente, Dr António Agostinho Neto, segundo o qual na Namíbia, no Zimbabwe e na África do Sul estava a continuação da nossa luta.

Edição: LG