Opinião
Jornal ÉME – Luanda – O Dia Internacional do Mar é comemorado a 9 de Junho, uma ocasião cada vez mais crucial diante dos alarmantes estudos científicos sobre os nossos oceanos.
Pesquisas indicam que, em apenas sete anos, o Ártico poderá desaparecer da face da Terra, acompanhado por um aumento significativo do nível dos oceanos. Apesar dos avanços tecnológicos e científicos, sabemos apenas sobre cerca de cinco por cento dos “segredos dos mares”, um dos maiores mistérios que intriga a comunidade científica e o mundo inteiro. Diante do aquecimento global, do aumento dos níveis de dióxido de carbono e do desmatamento, tudo indica que dias ainda mais sombrios estão por vir.
A água, como fonte de vida, está a se tornar cada vez mais escassa. É urgente cuidarmos dela, mas para isso é necessário haver consciência ecológica. Há mares poluídos por uma enxurrada de plástico, afectando o ciclo biológico dos animais marinhos e trazendo graves consequências para a saúde humana.
É fundamental que os governos, as comunidades e indivíduos se unam em esforços para reverter este cenário preocupante. Medidas drásticas precisam de ser tomadas para combater a poluição dos oceanos, reduzir a emissão de gases de efeito estufa e preservar ecossistemas marinhos essenciais. A consciencialização é o primeiro passo para a mudança e, o Dia Internacional do Mar nos lembra da necessidade urgente de agir em prol da preservação dos mares.
O Dia Internacional do Mar é uma oportunidade para reflectir sobre a nossa relação com os oceanos e assumir a responsabilidade de protegê-los para as gerações futuras. O tempo está a se esgotar e a sobrevivência dos ecossistemas marinhos e da nossa própria espécie está em jogo. Cada acção individual importa, desde reduzir o uso de plásticos descartáveis até apoiar as iniciativas de conservação marinha. Somente por meio de esforços colectivos e mudanças significativas poderemos garantir um futuro saudável e sustentável para os oceanos e para nós mesmos.
Texto: ANTÓNIO POMPÍLIO – Edição: LG