Jornal ÉME – Cabinda – 29.02.24 – A primeira secretária do Comité Provincial do MPLA de Cabinda, Mara Quiosa, apelou, nesta quarta-feira (28) na localidade de Bonde Grande, comuna de Tando-Zinze, a um maior envolvimento das autoridades tradicionais e comissões de moradores nas campanhas de prevenção contra o surto de cólera que assola os países limítrofes.

Mara Quiosa considerou pertinente a ampla campanha de divulgação em curso junto das comunidades locais, tendo em conta o perigo que representa a doença para a saúde, devido a extensa fronteira com a República Democrática do Congo, país onde o surto pandémico é prevalecente e com índices elevados de morte.

Durante uma jornada de campo, a dirigente aconselhou os habitantes daquela circunscrição a continuar a cumprir com as recomendações das autoridades sanitárias, que passam pela lavagem das mãos e dos alimentos, ferver a água antes de beber, bem como o reforço de outras medidas de vigilância para evitar a propagação da doença.

Na ocasião, a também membro do Bureau Político do MPLA, reconheceu o papel fundamental das autoridades tradicionais na moralização da sociedade e preservação da paz no País.

Segundo Mara Quiosa, as autoridades tradicionais, como parceiras sociais do governo, têm desempenhado um papel crucial na pacificação dos espíritos, no resgate dos valores morais e cívicos, sobretudo no seio da juventude, bem como no processo de unidade e reconciliação nacional.

Para a Primeira Secretária do MPLA nas terras do Mayombe, esta parceria deve prevalecer, visando a construção contínua da unidade e no desenvolvimento desejado do País e, desta forma, proporcionar o bem-estar social e económico dos angolanos.

Refira-se que o Ministério da Saúde, com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS), elaborou um plano nacional de contingência para a cólera que define as principais medidas a implementar para prevenir e responder a um surto.

De acordo com o departamento ministerial, estão já formadas as equipas de resposta rápida nos distritos fronteiriços, assim como está em curso a distribuição de sais de reidratação oral e fluidos intravenosos nas unidades de saúde das zonas fronteiriças.

Texto: NBS