Jornal ÉME – Luanda – 30.03.23 – A Direcção Nacional da Associação do Processo dos 50 efectuou, na quarta-feira (29), em Luanda, uma visita ao sarcófago do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, para assinalar o 64.º aniversário da fundação daquela instituição.

Na ocasião, o presidente da Associação do Processo dos 50, Amadeu Amorim, referiu que o 29 de Março de 1959 foi uma data em que alguns nacionalistas levantaram-se contra o poder colonial português, numa luta que despertou a população angolana para a conquista da Independência Nacional.

Amadeu Amorim disse também que o Presidente Agostinho Neto é a imagem que ninguém pode esquecer, por ser a personificação da liberdade, Líder que de várias formas despertou a consciência dos angolanos e povos africanos sobre a necessidade de uma liberdade plena.

O director do Departamento do Comité Central para os Antigos Combatentes, Francisco João, afirmou que a Direcção do MPLA tem apoiado de diversas formas os integrantes do Processo dos 50 e seus descendentes, para honrar a memória de todos que verteram o seu sangue em prol da libertação do País.

O presidente da Associação de Apoio aos Combatentes das Ex-FAPLA (Ascofa), Caetano Marcolino, classificou o gesto dos membros do Processo dos 50 como um acto heróico, porquanto são figuras que lutaram clandestinamente para libertar Angola do jugo colonial, o que lhes custou prisões e maus tratos.

Ainda na Praça da República, os membros da Associação visitaram o jazigo onde repousam os restos mortais do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, para uma homenagem àquele que liderou o processo de Paz, uma das maiores conquistas do povo angolano.

Marcaram igualmente presença no local, vários nacionalistas ligados ao movimento pela Independência de Angola, que lançaram as bases para o início da Luta Armada de Libertação Nacional, a 4 de Fevereiro de 1961.

Para enaltecer a data, o Secretário do Bureau Político para os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Pedro Neto, ofereceu um almoço a membros do Processo dos 50, a integrantes de distintas associações e outros convidados, que contribuíram para a conquista da Independência Nacional e da Paz em Angola.

Foi designado “Processo dos 50” aos três processos políticos, cujo início ocorreu a 29 de Março de 1959 com a prisão de vários nacionalistas angolanos que atacaram as cadeias de Luanda onde estavam presos políticos. O “Processo” estendeu-se até 24 de Agosto do mesmo ano, com a última detenção.

Texto: DN
Fotos: DG