Jornal ÉME – Lisboa – 28.04.24 – O Presidente da República de Angola, João Lourenço, encontrou-se com a comunidade angolana residente em Portugal, quando participava nas celebrações do 25 de Abril,  a convite do seu homólogo luso, Marcelo Rebelo de Sousa, data que assinalou os 50 anos da Revolução dos Cravos e o fim da ditadura em Portugal.

O encontro entre o Presidente João Lourenço e a comunidade angolana, aconteceu num jantar de confraternização, no dia 26 de Abril, organizado pela Embaixada de Angola.

O evento foi bastante significativo porquanto demonstrou o reconhecimento e a importância que o Presidente João Lourenço dá à diáspora angolana, ao afirmar que “a partir destas últimas eleições, dêmos um sinal muito claro de que os angolanos são angolanos ali onde estiverem. Pela primeira vez, os angolanos a residirem no exterior puderam exercer o seu direito constitucional de votar, e de serem eleitos, de contribuir para a consolidação da nossa democracia. E assim deve ser em tudo, não apenas no que diz respeito a eleições”.

E o Presidente não ficou por aqui, tendo acrescentado “Vamos encurtar cada vez mais a distância que existe entre o angolano que reside naquele espaço territorial, que se chama Angola, e o angolano que, pelo facto de estar fora desse

mesmo espaço, não deixa de ser tão angolano quanto quem vive em território nacional. Este é o sentimento que nós queremos transmitir às nossas comunidades residentes no exterior, no caso concreto aqui em Portugal”.

O ambiente agradável daquela noite proporcionou a interação do Presidente João Lourenço com os distintos convidados, oportunidade rara para o Presidente ouvir diretamente as opiniões, preocupações e necessidades da comunidade angolana no exterior. O diálogo direto ajuda naturalmente a construir confiança e fortalecer os laços entre o governo angolano e sua diáspora.

O encontro, realizado nesta data especial, destaca e reforça os laços culturais e históricos entre Angola e Portugal que compartilham uma história complexa e interligada, marcada pela colonização portuguesa e pela luta pela Independência de Angola. O acto promove igualmente uma maior cooperação e respeito entre os dois países, na busca de um futuro comum.