Camarada Paulo Pombolo, Secretário-Geral do MPLA;

Camarada Gonçalves Muandumba, Membro do BP e Secretário para Organização e Inserção na Sociedade;

Camaradas Membros do Secretariado do BP/ do MPLA;

Camaradas Primeiros Secretários Provinciais do MPLA;

Camaradas membros do BP e do Comité Central do MPLA;

Camaradas dirigentes, responsáveis e quadros do glorioso MPLA;

Acabámos de realizar um importante exercício com o cumprimento da agenda desta II Reunião Metodológica sobre o Trabalho do Partido.

Tivemos o privilégio de acompanhar a apresentação de diversos temas e dos trabalhos na especialidade cuja transversalidade na vida do nosso Partido é de extrema relevância e urge.

Foram dois dias de intensos trabalhos, estamos certos que tenham sido elucidativos e orientadores. Tivemos a oportunidade de acompanhar a desenvoltura e o dinamismo empreendido ao nível dos trabalhos em sede das diferentes especialidades que conformam cada uma das dimensões da nossa acção política, tendo sido possível esgrimir com mais detalhes os enfoques do trabalho político e a visão metodológica que pretendemos imprimir ao trabalho do nosso Partido daqui para frente.

Os desafios da actual conjuntura, como disse na abertura deste evento, impõe às estruturas do nosso Partido maior capacidade de interpretação dos acontecimentos e factos, face aos novos desafios. Como, igualmente, foi referido ao longo da abordagem de um dos temas: ” o mundo mudou, e temos também que mudar com ele ou dito de outro modo, temos de nos adaptar sempre com uma atitude preventiva e proactiva, no sentido de assegurar a nossa modernização e constante adaptação aos desafios contemporâneos.

O público  político, sobretudo a estrutura da categoria dos sujeitos eleitorais está em transfiguração constante. Observamos hoje, a emergência de novos actores políticos, mais exigentes e menos leais a um modelo de identidade política fixo. Impondo ao nosso Partido a necessidade de aprimorar os mecanismos de leitura destes novos contextos e das estratégias de inserção no seio deste novo tecido social.

Temos plena convicção que saímos desta II Reunião Metodológica mais fortes e mais coesos, mas também unidos e determinados a fazermos o nosso trabalho político-partidário e com o firme apoio incondicional ao Executivo liderado pelo Camarada Presidente João Lourenço para continuarmos a construir a paz, a cimentar a reconciliação nacional, a consolidar Estado Democrático de Direito, a fortalecer Economia e apostando na sua diversificação.

Estimados camaradas;

O êxito da acção política do nosso Partido ancora-se inevitavelmente no processo de organização e funcionamento das nossas estruturas, cumprindo com as orientações e directrizes dos órgãos e organismos nacionais do nosso Partido.

Os desafios  da comunicação e a partilha da informação com as bases do Partido implicam  maior capacidade de diálogo, de construção de estratégias partidárias  inclusivas cujos saberes radiquem da realização sistemática de estudos que assegurem o processo de tomada de decisões ao nível  das estruturas do Partido e possa optimizar a nossa mensagem.

Fica claro nos debates que acompanhámos que é fundamental colocar no centro do trabalho político do Partido, o reforço da identidade militante, entrega, elevando os sentidos de simpatia, sindicância e o reforço da mística do MPLA revisitando e partilhando a nossa história às gerações mais novas. 

Que as estruturas de base e intermédias do Partido aprimorem os mecanismos estatísticos e de gestão das bases de militantes, assegurando para o efeito a base social de apoio local, tendo em atenção os desafios eleitorais.

Face a ingente missão  de reformulação do paradigma de gestão  dos antigos combatentes, é fundamental continuarmos a prestar uma especial atenção a esta franja que muito fizeram para que hoje tivéssemos um país em paz e a consolidar a unidade e a reconciliação nacional.

A contínua preparação do Partido para os desafios do presente e do futuro passa pelo cuidado que devemos ter dos nossos militantes e quadros aos diferentes níveis e especialidades, cuja disponibilidade e empenho possam contribuir para a maximização do nosso trabalho político.

O aumento da sindicância política da parte das estruturas do Partido deve  impor que as estruturas do MPLA tenham conhecimento dos projectos, das  medidas e políticas económicas do Executivo que visam a alteração positiva da vida das nossas populações,  para tal, é fundamental que sejam asseguradas as condições  de acesso a esta informação e de  elucidar as nossas populações.

É preciso que continuemos a sustentar a nossa acção política ancorados em estudos e análises sistemáticas, pelo que, essa é uma tarefa que deve ser acometida aos primeiros e segundos secretários do nosso Partido.

Precisamos dar conteúdo e capacitar também os membros dos Comités de especialidades, por forma a que se transformem em efectivos think tanks (laboratórios de ideias) que possam dar mais apoio ao MPLA nesta era do conhecimento, que assegurem a nossa competitividade e a contínua tomada de decisão de qualidade, através da realização de reflexões, estudos e análises.

Caros camaradas, queremos aqui  e agora reiterar a necessidade de:

– Assegurar o controlo efectivo da estatística real dos militantes;

– Reforçar os mecanismos de Organização,  Monitoria e Avaliação;

-Assegurar a contínua eficácia, eficiência e impacto do nosso trabalho político;

– O MPLA,  por ser uma organização moderna, líder dos processos de transformação e mudanças do nosso País,  deve assegurar modelos de  organização do seu trabalho assentes também nas novas Tecnologias;

Camaradas, são muitas as ilações e recomendações que encerram um caracter profundamente estratégico, serão sistematizadas em resolução interna que os camaradas Directores do Comité Central vão desenvolver para fazer chegar às estruturas intermédias do nosso Partido a posterior.

Estimados camaradas;

Com o processo que está a decorrer, em relação a retirada gradual dos subsídios aos preços dos combustíveis, assistimos igualmente a um pretenso aproveitamento das forças  do mal, tudo estão a fazer para incitar alguns sectores da sociedade para a desobediência e desacato a ordem estabelecida, gesto que já custou inclusive algumas vidas de angolanos que muito tinham a contribuir para as suas famílias e para o País,  sem referir os avultados danos ao património público e do nosso Partido.

Aproveito esta soberana ocasião para endereçar às famílias enlutadas no Huambo os nossas sentimentos de pesar.

Enquanto os nossos opositores investem na manipulação e apadrinhamento de manifestações inconfessas, nós temos de cerrar fileiras em torno da materialização dos compromissos assumidos com os cidadãos eleitores para a contínua criação de mais postos de trabalho, maior oferta de serviços públicos de saúde, educação, habitação, água, energia e saneamento.

Mas diante do nosso sentido de Estado e compromisso com os interesses superiores dos angolanos, por ora, a nossa resposta é no sentido ético e de elevação social, vamos fazer o contrário. Vamos usar as nossas estruturas as nossas organizações sociais, a todos os níveis,  para levar a informação correcta lá onde eles levam a desinformação,  vamos levar o verdadeiro sentido destas medidas e os seus benefícios a médio e longo prazo, lá onde eles insistem em deturpar o verdadeiro âmbito das medidas aprovadas pelo Executivo.

Gostaria de lembrar aqui, que quem foi eleito tem a legitimidade para governar e quem pretende governar deve conquistar nas urnas o coração dos angolanos e não optar por arruaças, destruição de bens públicos e financiar manifestações com fins inconfessos.

Estimados camaradas;

Este ano, o MPLA completará 67 anos de existência desde a sua fundação, precisamos abordar a história do nosso percurso de lutas e vitórias. Como dizia o Camarada Presidente João Lourenço no acto de massas, realizado no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, por ocasião dos 65 anos do partido e eu cito: “É importante recordar –  para aqueles que gostam propositadamente de se fazer de esquecidos -; é importante ensinar, aos mais jovens, qual é a verdadeira importância do MPLA para Angola”.

Estimados camaradas;

Vale relembrar, que os pais que nos legaram este MPLA entraram nele com sentido patriótico, com amor e paixão, e de corpo alma para o alcance do programa mínimo e máximo e não pode ser diferente hoje, face aos novos desafios.

Por isso, precisamos de dirigentes com perfil, e que não esperam estar no MPLA a pensar em regalias, facilidades e privilégios, mas de dirigentes exemplares, verdadeiramente comprometidos com o Partido, nesta altura em que a orientação assenta no lema MPLA, Trabalhar Mais e Comunicar Melhor.

Caros camaradas;

Auguro que as conclusões e recomendações desta II reunião metodológica possam ser colocados  em prática pelas estruturas intermédias e de base do nosso Partido.

Declaro assim encerrada a II reunião metodológica sobre o trabalho do Partido, com uma forte saudação do Camarada Presidente João Lourenço e agradeço desde já a vossa especial atenção.

MPLA, Trabalhar mais e Comunicar melhor.

A luta continua e a vitória é certa.