Jornal ÉME – Luanda – 20.10.23 – O Chefe de Estado, João Lourenço, reiterou, em Luanda, por ocasião da abertura do novo ano parlamentar, que a matriz económica do País está em transformação estrutural.

Nesta sequência, explicou que “as receitas do petróleo vão passar a ser menos usadas para o consumo de bens e serviços, e mais para despesas de fomento á diversificação e promoção da economia não petrolífera”.

 O Presidente da República garantiu, que com esta iniciativa o País economizará avultados recursos financeiros, promovendo a criação de emprego qualificado aos jovens engenheiros, técnicos e outros trabalhadores nacionais.

 “Durante o período de construção, as três refinarias (Cabinda, Soyo e Lobito) vão empregar mais de cinco mil jovens angolanos e, com a entrada em funcionamento, espera-se que possam gerar mais de dois mil postos de trabalho permanente e poupar aos cofres do Estado milhões de dólares que todos os anos são gastos na importação da quase totalidade dos produtos refinados que o País consome”, revelou João Lourenço.

Segundo o Titular do Poder Executivo, a transformação estruturante da economia nacional está a chegar ao sector produtivo, onde a prioridade passa por adopção de medidas e estímulos que potenciem a aquisição de bens produzidos no País.

O MELHOR INCENTIVO À PRODUÇÃO É SERMOS OS PRINCIPAIS CONSUMIDORES

“O melhor incentivo à produção é sermos nós os primeiros e os principais consumidores do que é produzido no País”, salientou.

Segundo o Presidente “estamos a trabalhar para tornar obrigatória a integração de bens e equipamentos produzidos em Angola em contratos de investimento ou aquisição de bens por entidades públicas, sempre que estes bens estejam disponíveis”.

Mas, para que isso aconteça, explicou que “temos de satisfazer as necessidades internas e aumentar o volume e a diversidade dos produtos a exportar, diminuindo a nossa dependência externa de produtos que tenham potencial e capacidade de se produzir localmente”.

Ressaltou a necessidade da criação de uma economia mais resiliente, capaz de gerar empregos, renda sustentável para as famílias e que garanta não só a segurança alimentar, mas que coloque Angola na rota da inovação e da competitividade.

João Lourenço, lembrou, na parte final do discurso sobre o Estado da Nação, que o juramento de tomada de posse, como mais Alto Mandatário da Nação, “continua válido e será honrado por mim até ao último dia do mandato de cinco anos que as angolanas e os angolanos legitmamente me conferiram”.

Texto: NBS