Jornal ÉME – Luanda – 15.03.24 – A viúva do fundador do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) Amílcar Cabral, foi distinguida (12/03), em Luanda, com a atribuição dos dois primeiros volumes da Colectânea “Os Bantu na Visão de Mafrano – Quase Memórias”, do escritor angolano Maurício Francisco Caetano.
O acto de homenagem à Ana Maria Cabral, decorreu durante a realização do Colóquio Internacional sobre o Centenário de Amílcar Cabral, e coube a Lusíndia Caetano, neta do escritor Maurício Caetano, proceder a entrega da oferta.
A colectânea “Os Bantu na visão de Mafrano” antropologia cultural, contém um depoimento do médico angolano Manuel Rodrigues Boal, antigo companheiro de Amílcar Cabral, durante a luta de libertação na Guiné-Bissau.
O colóquio internacional teve como oradores o antigo presidente de Cabo-Verde e actual presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, o historiador angolano Cornélio Caley, o moçambicano Óscar Monteiro, e Julião Soares de Sousa, da Guiné-Bissau.
Amílcar Cabral esteve em Angola entre 1955 e 1958, como engenheiro agrónomo, tendo trabalhado nas Fazendas Cassequel, Tentativa e São Francisco.
A Fazenda Tentativa onde mais se destacou entre 1956 e 1957, era então a segunda maior produtora de cana de açúcar deste território.
Politicamente, Cabral destacou-se pela participação activa na mobilização anti-colonial e na criação de redes clandestinas de resistência, ao manter contactos com figuras de proa do nacionalismo angolano.
Texto: DN