Jornal ÉME – Luanda – 03.09.2025 -A Refinaria de Cabinda não é, como alguns tentam retratar, um “escândalo” ou uma “entrega de soberania”, mas sim um dos projectos mais estratégicos e visionários do Executivo liderado pelo Presidente João Lourenço.

A narrativa de que Angola “perdeu” o controlo do petróleo é falaciosa e ignora a realidade económica global, onde as parcerias público-privadas são instrumentos essenciais para viabilizar grandes investimentos.

A verdade é simples: sem parceiros financeiros e tecnológicos de peso, dificilmente Angola conseguiria erguer, em tão pouco tempo, uma infra-estrutura desta dimensão, avaliada em quase meio bilhão de dólares.

A presença de investidores internacionais não representa perda de soberania, mas sim confiança no mercado angolano e no compromisso do governo com a modernização da economia.

Embora o Estado detenha 10% de participação directa, o mais relevante não é apenas a percentagem de capital. O verdadeiro ganho está no impacto socioeconómico com milhares de empregos directos e indirectos, transferência de tecnologia, formação de quadros nacionais e garantia de abastecimento interno de combustíveis, reduzindo drasticamente as importações.

Esse efeito multiplicador supera, em muito, a retórica alarmista de quem prefere ver Angola isolada e dependente.

Sob a liderança de João Lourenço, Angola tem promovido uma política de abertura ao investimento estrangeiro sem precedentes.

Essa política não representa submissão, mas sim inteligência estratégica em atrair capitais privados para áreas onde o Estado, sozinho, não teria capacidade de intervir, garantindo que o País avance sem comprometer os cofres públicos.

A Refinaria de Cabinda é, portanto, um símbolo de soberania energética. Porque soberania não é fechar-se ao mundo, mas sim ter a capacidade de negociar, atrair investimentos e transformar potencial em riqueza real para o povo. João Lourenço compreendeu isso, e é por essa razão que hoje se ergue em Cabinda uma infra-estrutura que marcará a história do País.

Aqueles que acusam o governo de “traição à pátria” ignoram deliberadamente os benefícios tangíveis que esta refinaria trará.

Maior segurança energética, crescimento industrial, geração de empregos, aumento das receitas fiscais e a possibilidade de exportar produtos refinados em vez de apenas petróleo bruto. Isso é desenvolvimento.

Em vez de aderir ao discurso derrotista, devemos sim, reconhecer a coragem do Executivo em conduzir parcerias complexas num sector tão competitivo e exigente como o do petróleo. João Lourenço não entregou nada, antes pelo contrário, conquistou para Angola um lugar mais sólido no mapa energético de África.

A Refinaria de Cabinda não será lembrada como “símbolo de entrega”, mas sim como prova de que Angola está a caminho da auto-suficiência e do progresso, graças à visão reformista e pragmática do seu Presidente.

Texto: AKP