Por: Nzongo Bernardo dos Santos
Jornal ÉME – Luanda – 22.09.2025 – Diz-se, com alguma razão, que os actos políticos de massas funcionam tanto como termómetro político quanto como barómetro social.
No seio do MPLA, esses actos têm uma longa história e um significado profundo de afirmação, resistência e resiliência.
Prova disso foi o acto político de massas realizado no último sábado, na zona da Hotanganga, município de Cacuaco, que, segundo o Secretário-Geral do Partido, Paulo Pombolo, “serviu para dar resposta àqueles que ainda pensam que o MPLA em Luanda já morreu”.
E vou mais longe. O enorme afluxo de militantes, simpatizantes e amigos do maior partido de Angola, somado ao banho de multidão proporcionado pelos munícipes de Luanda , especialmente na região do Kikolo , veio confirmar que o MPLA está vivo e pronto para continuar a servir o povo com responsabilidade, proximidade e visão transformadora.
O acto político realizado continua a suscitar diversas leituras, fruto da sua força, impacto e relevância, sobretudo por ter ocorrido em tempos desafiadores para todos, o que torna ainda mais significativa a mobilização social que se pretende objectiva, inclusiva, realista e agregadora.
Num gesto politicamente irresponsável, membros ligados a partidos da oposição, com argumentos atabalhoados e frágeis, tentaram encontrar bodes expiatórios nas suas próprias contradições para minimizar a repercussão do evento.
Nada que não se assemelhe a fumo com, e ao mesmo tempo sem, fogo.
Infelizmente, algumas figuras icónicas desses partidos acabam, quase sempre, por colocar a corda no próprio pescoço. A sua personalidade, muitas vezes guiada pela emoção, não os ajuda a interpretar as nuances do lado racional da sociedade em que vivem.
Os níveis impressionantes de mobilização alcançados durante o acto, comparáveis às dinâmicas algorítmicas das plataformas digitais, revelaram uma evidência incontornável: os militantes do glorioso MPLA continuam convictos de que são a ponte, a fonte, a causa e os verdadeiros guardiães da memória e da identidade colectiva do trabalho político-partidário.
Sem dúvida, quando um partido da dimensão do MPLA realiza actos políticos memoráveis como o de sábado, que funcionam como verdadeiros testes à sua capacidade de mobilização, demonstra que tem competência para identificar tarefas, formulá-las e executá-las com sucesso.
As eleições de Agosto de 2022 abriram uma nova página nos ciclos eleitorais em Angola. O ciclo de 2027 será adverso e repleto de obstáculos.
Por isso, a estratégia para a vitória em 2027 deverá passar por um trabalho robusto de orientação, coordenação e comunicação, oferecendo respostas práticas às expectativas dos militantes e eleitores.
Que os próximos actos de massas, sustentados por uma evolução estratégica consistente, sirvam como canais para a promoção de um diálogo geracional assertivo, reflectindo sempre sobre a nossa realidade partidária e nacional.