Jornal ÉME – Luanda – 06.12.25 – O secretário do Bureau Político do MPLA para as Relações Internacionais, Manuel Augusto, participou, na noite de sexta-feira (05), nas comemorações do 37.º aniversário da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), realizadas numa das unidades hoteleiras de Luanda.
Numa gala bastante concorrida, o dirigente afirmou ao Jornal ÉME que o MPLA, no âmbito das suas políticas de governação, “sempre primou pela existência de uma classe empresarial forte, capaz de competir com investidores estrangeiros interessados em fixar-se no nosso país”.
Apesar do seu percurso ligado à comunicação social e às relações exteriores, Manuel Augusto sublinhou que o seu nome está “intrinsecamente ligado” ao surgimento da CCIA. “Durante a época da criação da Câmara de Comércio e Indústria de Angola, era funcionário júnior do Ministério do Comércio Externo”, recordou.
O político destacou ainda que, ao longo dos seus 37 anos, a CCIA tem sabido representar dignamente os interesses do empresariado nacional dentro e fora do país. Como exemplo, apontou a presença, no evento, de diversas personalidades estrangeiras, o que, segundo afirmou, “reverencia o valor que a instituição conquistou ao longo da sua existência”.
“Basta ver que nesta sala estão diplomatas de vários países acreditados em Angola. Isto é sinónimo de que a CCIA granjeou prestígio entre os investidores estrangeiros que já actuam no país e aqueles que pretendem instalar-se”, reforçou.
Durante a entrevista, Manuel Augusto afirmou que a CCIA constitui “a porta de entrada e de saída” para os empresários nacionais e estrangeiros no que toca ao ambiente de negócios em Angola.
A Câmara de Comércio e Indústria de Angola foi fundada em 1988, num período marcado pela necessidade de reorganização e modernização do ambiente económico nacional. A instituição surgiu com o propósito de congregar empresários, dinamizar o tecido produtivo nacional e servir de ponte entre o Governo e o sector privado.
Ao longo das décadas de 1990 e 2000, a CCIA desempenhou um papel crucial no processo de abertura económica, apoiando iniciativas de investimento, promovendo feiras, missões empresariais e criando condições para o diálogo entre empresários nacionais e estrangeiros.
Com a estabilização política e o crescimento económico dos anos subsequentes, a instituição expandiu a sua influência, tornando-se num importante instrumento de promoção da competitividade e de captação de investimento externo. Hoje, com 37 anos, a CCIA é reconhecida como um dos principais órgãos representativos do empresariado angolano, com forte presença internacional e reputação consolidada entre investidores e instituições estrangeiras.
FN

