Jornal ÉME – Luanda – 26.09.2025 – Militantes, amigas e simpatizantes da OMA, bem como académicas, deputadas, religiosas, juristas e enfermeiras, participaram nesta sexta-feira (26), em Luanda, de uma palestra dedicada ao pensamento de Agostinho Neto sobre a participação da mulher na política e a sua dimensão no seio familiar.

O evento, promovido pelo Secretariado Executivo Nacional da OMA, foi presidido pela Secretária-Geral Adjunta da organização, Esperança Pires, e integrou o conjunto de actividades da Subcomissão de Manifestações Culturais, Recreativas e Desportivas, em alusão ao 8.º Congresso Ordinário.
Durante a sua intervenção, Esperança Pires sublinhou que a palestra representa uma justa homenagem ao Fundador da Nação, Filho de Angola, de África e do Mundo, cuja obra poética expressava a identidade africana, a luta anticolonial e despertava a consciência política dos angolanos para a libertação do jugo colonial.
A dirigente sublinhou que o malogrado Presidente Agostinho Neto foi uma figura incontornável em Angola e no mundo, um homem esclarecido e profundamente ligado à cultura, para quem as manifestações culturais deveriam ser a expressão viva das aspirações dos oprimidos, instrumentos de denúncia de injustiças e ferramentas para a reconstrução de uma nova vida.

A palestra contou com intervenções da antiga ministra da Cultura e Membro do Conselho da República, Rosa Cruz e Silva, e da jurista e Membro do Conselho de Honra da OMA, Júlia Ornelas.
O acto foi moderado pelo membro do Comité Nacional da OMA, Maria José Alfredo, e pela professora universitária, Serafina Pinto e contou ainda com depoimentos apresentados pelas integrantes do Conselho de Honra da OMA, Irene Webba e Rodeth Gil, que partilharam testemunhos sobre a trajectória de Agostinho Neto em diversas dimensões da vida pública.
As oradoras enfatizaram que o pensamento de Neto sobre a participação feminina na política reflectia uma visão de transformação social, reconhecendo que a luta pela independência nacional não seria completa sem o envolvimento activo das mulheres.

Destacaram ainda que o Poeta Maior defendia que a emancipação política da mulher era uma condição essencial para a construção de uma Angola livre, justa e igualitária.
O evento, realizado sob o lema “Com o Legado de Agostinho Neto, Comemoremos os 50 Anos da Independência Nacional”, contou com a presença da Secretária do Departamento da Acção Social e Cidadania do Comité Nacional da OMA, Manuela Gaspar, membros do Executivo e demais convidados.
Texto: DN
Fotos: HF