A cerimónia contou com a presença da Ministra das Finanças, Vera Daves, do Presidente do Conselho de Administração do Fundo Soberano, Armando Manuel, do Governador do Namibe, Archer Mangueira, além de investidores, reguladores do sistema financeiro, líderes empresariais, investidores e decisores políticos.
Todos prestigiaram o evento que assinalou uma década da inserção do País no ecossistema monetário global, desde a sua primeira emissão dos eurobonds, ocorrida em 14 de Outubro de 2015.
Na ocasião, a Vice-Presidente do MPLA destacou o exemplo de coragem e resiliência de Angola e sublinhou que, mesmo diante de um mercado financeiro internacional exigente, volátil e repleto de riscos, o País tem conseguido destacar-se desde a sua entrada.
“A emissão dos eurobonds nos mercados internacionais, permitiu o surgimento de infra-estruturas e equipamentos sociais importantes, como estradas, pontes, hospitais, escolas, que têm beneficiado significativamente as nossas populações”, afirmou Mara Quiosa.
A Ministra das Finanças, Vera Daves, responsável pela abertura do evento, afirmou que o encontro serviu, não apenas como um exercício de reflexão sobre a actuação das autoridades governamentais na busca por fontes de financiamentos para a economia nacional ao longo da última década , mas também como oportunidade para uma abordagem franca sobre o contexto, os desafios enfrentados e as lições aprendidas.
Temas como o desempenho das euro-obrigações angolanas, a diversificação das fontes de financiamento , os custos e riscos associados,
, a confiança e as perspectivas dos investidores, o impacto da dívida africana e da política monetária global, a inflação no preço da dívida nos mercados emergentes, créditos para Angola e o apetite pela dívida africana num cenário de taxas de juro mais elevadas a longo prazo, foram amplamente debatidos pelos principais palestrantes.
No final, do encontro os promotores apresentaram de forma profícua as principais conclusões e os caminhos a seguir, para fortalecer a credibilidade e ampliar a confiança dos mercados internacionais na diversificação das fontes de financiamento da economia angolana.
No dia 14 Outubro de 2015, com o apoio de diversos parceiros institucionais e financeiros, Angola estreou no mercado internacional de capitais com a emissão inaugural das suas euro-obrigações soberanas, um marco de soberania financeira e posicionamento estratégico no ecossistema financeiro mundial.
Naquele período, o País lançou eurobonds, avaliados em USD 1,5 mil milhões de dólares , com maturidade de 10 anos.
A operação visava atender às necessidades de gestão da dívida pública e contribuir para o equilíbrio orçamental, alinhando-se à percepção de risco do País e com à conjuntura económica global.
Texto: NBS
Foto: DG