Jornal ÉME – 30.12.21 – A Vice-Presidente do MPLA, Camarada Luísa Damião, disse nesta quinta-feira (30) em Luanda, que o legado da nacionalista, Cristina Odette Teixeira Duarte de Sá “Tina Dibala” vai inspirar uma geração de jovens que com ela conviveu e ajudou a formar enquanto docente da Faculdade de Medicina.
A dirigente falava a imprensa, após render uma última homenagem a Camarada Tina Dibala, durante uma cerimónia fúnebre que decorreu no Quartel-General do Exército Ex-RI20.
Luísa Damião assinalou que a malograda foi uma militante convicta que sempre cumpriu com zelo e dedicação todas as missões que lhe foram confiadas.
“Era de facto, uma mulher que defendia causas nobres e deixou as suas impressões digitais na fundação desta grande Organização das Mulheres Angolanas, que é a OMA”, pontualizou.
Políticos recordam às memórias de Cristina Odette Teixeira Duarte de Sá
Pelo infausto acontecimento foram lidas várias mensagens de condolências com destaque para a da Direcção do Partido, da OMA, dos Órgãos de Soberania Nacional e homenagens dos membros do Partido das dirigentes e militantes da OMA, que quiseram também manifestar o seu apreço e último adeus.
Coube ao Secretário do Bureau Político para os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Camarada Pedro Neto, proceder a leitura da mensagem de condolências em nome da Direcção do MPLA em que destacou as qualidades da malograda como militante, política e na vertente da docência.
Por sua vez, a Secretária-Geral da OMA, Camarada Joana Tomás, presente no evento, destacou que nos últimos anos, a OMA tem efectuado a recolha dos factos ligados a história da Organização. “E a Tina Dibala dava o seu contributo, narrando na primeira pessoa o que viveu”, para que à fundação da OMA fosse uma realidade.
“A OMA é uma organização que foi criada com fundamentos firmes e para prevalecer durante anos, e hoje, nós a nova geração rende homenagem a memória desta grande mulher que foi testemunha presente da génese da Organização”, disse.
E por último, a antiga Secretária-Geral da OMA, Camarada Luzia Inglês “Inga”, recordou Tina Dibala, como uma combatente interventiva desde as primeiras horas da luta de Libertação Nacional.
No seu depoimento, reviveu momentos épicos que teve com a malograda, nos anos de 1972 a 73, na Frente Leste, “foi uma pessoa com certas exigências e muito activa”.
Texto: NJ/HT
Fotos: DG