TEXTO DE OPINIÃO
Jornal ÉME – Luanda – 19.09.24- Com início nas primeiras horas desta quinta-feira (19) do Censo Geral da População e Habitação 2024, foi dado um passo importantíssimo para a concretização de uma das principais ferramentas no processo de conhecer e resolver os problemas do povo.
A palavra de ordem introduzida pelo primeiro Presidente de Angola, Dr. António Agostinho Neto, de que o mais importante é resolver os problemas do povo, deve começar pela identificação dos seus problemas e pelo seu estudo quantitativo e qualitativo.
Só assim será possível fixar metas, definir acções para lá chegar e estabelecer métricas para monitorizar os resultados e corrigir eventuais desvios.
Com a realização êxitosa do Censo Geral da População e Habitação 2024, se tornará possível fazer uma fotografia real da actual estrutura demográfica da população angolana, a começar pela sua distribuição regional, por sexo, por idade, bem como suas condições, além de temas como migração, saúde, educação entre outros.
Quer isto dizer que, dos resultados saídos do Censo, poderão se reformular toda a política socioeconómica do país, no sentido de que os cidadãos deixem de ser meros ACTORES SOCIAIS, para passarem a ser o CENTRO DA ACÇÃO POLÍTICA, de forma que os angolanos acedam em primeira instância e sem constrangimentos às condições básicas e dignas de sobrevivência e haja espaço para que ela aspire á prosperidade.
Aliás, o contexto actual do país caracteriza-se por uma sempre crescente e maior necessidade de informação estatística pertinente, actualizada e de qualidade para monitorização dos programas do Executivo e de apoio a criação de condições objectivas, para por exemplo elaborar o Orçamento Geral do Estado ou na implementação das futuras autarquias locais.
Deste ponto particular o Censo Geral 2024, será um barómetro social e um termômetro para as políticas públicas, para conformar as alterações no âmbito da Divisão Política-Administrativa em curso, consubstanciado na integração de três novas províncias, o que vai aumentar para 325 o número de municípios e para 375 as comunas.
Por estas e outras razões óbvias, estão criadas as condições para uma grande adesão dos cidadãos ao processo censitário, desde que de modo cívico, responsável e patriótico cada família angolana crie a predisposição de receber os recenseadores, prestando todas as informações indispensáveis e necessárias.
Pois responder ao Censo, é acima de tudo um exercício de plena cidadania.
De: Nzongo Bernardo dos Santos