Jornal ÉME – Luanda – 31.01.24- O Secretário do Bureau Político para a Informação do MPLA, Rui Falcão, reiterou, esta terça-feira (30), em Luanda, que neste momento a corrente de coesão interna no seio do Partido é total, forte e intransponível, e que é impossível surgir no momento, problema algum que possa causar divisão nas estruturas partidárias.

Falando em entrevista concedida ao programa “Café da Manhã”, da Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), Rui Falcão, realçou, que “neste momento não há nenhum cenário que nos possa levar a pensar, nem sequer sonhar numa divisão do Partido, embora muita gente gostaria que isso fosse real”.

“A perspectiva que tenho neste momento é que será impossível dividir-nos”, frisou o Porta-voz do MPLA, adiantando que “temos tido reuniões muito importantes a vários níveis, temos feito acções fora desse âmbito com militantes das diferentes áreas, e a perspectiva que nós temos é que a coesão é forte, real e total”.

Na entrevista, Rui Falcão abordou vários assuntos ligados a actualidade sócio-económica e política do País.

Relativamente, aos constrangimentos no que toca a escassez e subida dos preços dos principais produtos de consumo no País, Rui Falcão, reconheceu de que se tem uma noção clara de que as famílias angolanas, vivem de facto condições extremamente complicadas.

“A fome está aí, é uma realidade. As pessoas têm muitas dificuldades hoje, mais do que ontem, de aceder aos produtos básicos”, frisou o dirigente.

Contudo, o Secretário do Bureau Político para a Informação do MPLA, avançou que o Executivo está totalmente empenhado e engajado, no sentido de não deixar que o grau de dificuldades que as pessoas atravessam, não tragam outros transtornos.

“E uma das alternativas fundamentais, embora leve algum tempo é a aposta que tem de ser feita e está a ser feita no aumento e na diversificação da produção nacional”, referiu o Porta-voz do MPLA.

“Se nós continuarmos a viver daquilo que é elementar com base na importação, nós não vamos a lado nenhum”, sublinhou o dirigente, acrescentando, que “pelo contrário a tendência será aumentar cada vez mais esse fosso”.

Rui Falcão, salientou, que “temos de produzir arroz, feijão, açúcar, produzir tudo isso e muito mais, para podermos desonerar os elevados custos e encargos que a importação traz consigo”.

“Naturalmente não será de hoje para amanhã, que nós vamos ter excedente de produção nacional que garanta a mínima qualidade de vida para todas as famílias angolanas. Temos mesmo de aumentar a produção nacional, como nossa condição de sobrevivência”, destacou Rui Falcão.

Texto: NBS