Jornal ÉME – Luanda – 01.09.23 – A Secretária-Geral da OMA, Joana Tomás, apelou nesta sexta-feira (01) no Memorial António Agostinho Neto, as mulheres a tornarem-se agentes de mudanças e exigir dos governos africanos o cumprimento obrigatório dos tratados assinados para a consolidação e manutenção da paz no continente.

A dirigente fez estes pronunciamentos a margem da conferência nacional sobre o Papel da Mulher na Construção da Paz e Estabilidade em África, em representação da Vice-Presidente do MPLA, Luísa Damião.

Joana Tomás chamou a atenção das mulheres sobre os golpes de Estado verificados em alguns países africanos, perpetrados por membros das forças armadas dos respectivos países.

“Nós sabemos que nestes conflitos armados, e quando há instabilidade política, as mulheres são as que mais sofrem, perdem os filhos, esposos, são abusadas sexualmente durante os períodos dos conflitos, refletiu.

O evento foi realizado sob a égide da Liga Angolana de Amizade e Solidariedade com os Povos (LAASP) e visou promover um espaço de diálogo para abordar entre outras questões, a participação activa das mulheres na protecção e prevenção de conflitos e promoção da paz.

Ao intervir no acto, a ministra da Accão Social, Família e Promoção da Mulher, Ana Paula do Sacramento Neto , referiu que a tomada do poder por meio da força compromete a edificação de uma África segura, e que deve haver uma aposta séria na formação e capacitação das mulheres em matérias ligadas ao processo de construção e manutenção da paz.

Os intervenientes na actividade abordaram também o contributo da mulher na construção da paz e segurança, o seu envolvimento na reconciliação e restauração social na República do Ruanda, e teve como prelectores, Teresa Neto, Celso Silva e Petra Dovala.

Os oradores defenderam que os governos africanos devem promover uma cultura de paz, baseada em valores, sistemas de pensamentos, formas de espiritualidade, transmissão de conhecimentos e tecnologias endógenas, tradições, formas de expressão cultural e artística que são específicas à África.

Participaram no evento, parlamentares, governantes, membros afectos aos distintos Órgãos de Defesa e Segurança, mulheres religiosas, entre outros convidados.

Texto: DN
Fotos: DG