Jornal ÉME – Luanda – 24.08.23 – A Secretária-Geral da OMA, Joana Tomás, manteve nesta quinta-feira (24) no município de Talatona, um encontro de trabalho com o director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, Reverendo Adilson de Almeida, com quem abordou assuntos relacionados ao fenómeno da proliferação religiosa que se regista em todo o território nacional.
Na reunião foram analisadas também uma proposta para a criação de uma plataforma de concertação permanente entre o MPLA e as igrejas reconhecidas pelo Estado Angolano.

Em declarações à imprensa, Joana Tomás disse estiveram na base da realização do encontro as reclamações que a OMA tem recebido de mulheres e familiares de ente-queridos que perderam a vida em “supostas igrejas “, que efectuam tratamentos tradicional e espiritual, e só após o estado de saúde agravar é que levam os enfermos ao hospital, num estado clínico, num estado avançado.
A dirigente defendeu a necessidade de conjugação de esforços entre todas as forças vivas da sociedade para a realização de um trabalho com as instituições do Governo, no sentido de pôr fim a certas práticas de seitas religiosas que estão a colocar em risco vidas, de uma forma alarmante.
“A propagação do movimento religioso tem preocupado a sociedade em geral, porque tivemos informações da existência de mais de três mil igrejas ilegais, e que se transformam em hospitais da fé e convencionais sem obedecer as normas que o Ministério da Saúde impõem para qualquer tratamento”, asseverou Joana Tomas.
Por seu turno, o director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, salientou que no País estão reconhecidas 85 confissões religiosas com pendores teológicos e doutrinas diferenciadas.

De acordo com Adilson de Almeida, num universo de mais três mil igrejas ilegais, apenas mil e 106 é que são controladas pelo instituto, provocando deste modo, um descontrolo muito grande de denominações que não reúnem condições para exercer a actividade em Angola.
O Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos (INAR) entidade superintendida pelo Ministério da Cultura e Turismo foi criado para conceber e implementar a política estratégica do Estado, em relação à liberdade de religião, consciência, crença, culto e o estudo científico do fenómeno religioso no país.
Acompanharam a Secretária-Geral da OMA ao encontro as membros da Fundação Mulher Contra o Cancro da Mama.
Texto: DN
Fotos: DG