OPINIÃO
Jornal ÉME – Luanda – 02.02.25 – Em um gesto de profunda reverência, o MPLA – Partido que congrega milhões de angolanos e apoia o Governo – promoveu, neste fim de semana, uma homenagem singular aos heróis da Liberdade. Os eventos, organizados pelo Gabinete de Cidadania e Sociedade Civil do MPLA, destacaram o compromisso do Partido em preservar a memória daqueles que, com coragem e sacrifício, lutaram pela Independência e construção de Angola.
No dia 1 de Fevereiro de 2025, os homenageados foram Brito Sozinho e Mendes de Carvalho “Uanhenga Xitu”, figuras emblemáticas do nacionalismo angolano.
Brito Sozinho, hoje com 83 anos, foi ladeado por familiares e companheiros, lembrando sua participação activa, na década de 1960, ao lado de nomes como José Eduardo dos Santos, Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy” e Afonso Van-Dúnem “Mbinda”. Nessa época, ele protagonizou, com outros compatriotas, a dramática fuga de barco a partir de Luanda colonial, uma das acções marcantes da luta pela libertação nacional.
Já a viúva de Agostinho Mendes de Carvalho “Uanhenga Xitu”, Maria Jorge, relembrou os momentos difíceis por que passou o seu marido nas prisões, devido os ideais de liberdade e independência para o seu país.
O Presidente do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, representado por Mara Quiosa, Vice-Presidente do Partido, ressaltou que a continuidade de acções como esta é fundamental.
A celebração destes actos não só reafirmam o compromisso do MPLA com a memória e os ideais de liberdade, mas também reforçam o valor da solidariedade e do respeito mútuo entre os angolanos. Ao resgatar as histórias e os ensinamentos dos heróis nacionais, o Partido reforça que a causa da luta e das vitórias reside, antes de tudo, no espírito e na determinação do povo angolano.
As cerimónias, realizadas nas respectivas residências, foram concebidas para transmitir, tanto às gerações mais jovens quanto aos que ainda preservam as memórias da luta, que a força e o carácter do povo angolano estão na essência da conquista de vitórias históricas. Durante os actos, foram enaltecidos homens e mulheres que, ao oferecerem o que tinham de mais precioso – suas vidas –, enfrentaram enormes desafios para assegurar a liberdade e a soberania do País. Tal feito permitiu que, em 11 de Novembro de 1975, Angola se juntasse ao seleto grupo das nações livres e independentes.
A expectativa é de que este seja apenas o início de uma série de homenagens que mantenham viva a memória dos que contribuíram para o sonho de uma Angola livre, inspirando futuras gerações a seguir lutando por um país cada vez mais soberano e unido.
Augusto José