Jornal ÉME – Luanda – 20.07.23 – O Secretariado do Bureau Político do MPLA denunciou nesta quinta-feira (20) em Luanda, uma estratégia urdida pela UNITA para a criação de um clima de instabilidade, que justifique uma sublevação popular e a sua ascensão ao poder, sem a necessária legitimação democrática.

A denúncia foi feita através, de um comunicado de imprensa, lido pelo Secretário do BP para Informação, Rui Falcão, onde refere que o MPLA como Partido fundador da Nação e defensor intrépido da Constituição da República, “ tem vindo a acompanhar a estratégia definida pelo principal partido da oposição – a UNITA – relativamente à tomada do poder fora do quadro institucional e forma”.

O MPLA considera este posicionamento um total desrespeito pelo Povo Angolano e pela sua vontade soberana, manifestada a 24 de Agosto de 2022, ao depositar no MPLA e no seu Líder, o Camarada Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, a confiança para a condução dos destinos da Nação no mandato 2022 – 2027.

O comunicado alerta mesmo que “alguns dirigentes, de topo da Unita, têm a noção clara de que a insurreição armada do passado pode agora ser travestida de uma eventual insurreição popular, como têm apregoado nas diversas localidades por onde têm passado”.

O texto do comunicado, assinala que após o povo angolano ter cumprido com o seu poder soberano dando, uma vez mais, o seu voto de confiança ao MPLA e ao Camarada Presidente João Lourenço, a UNITA sentiu, a oportunidade de ser poder ter sido adiada por mais cinco anos.

“Com o propósito único de impedir o livre exercício do poder pelo MPLA”, o comunicado acentua que a UNITA“ não hesitou em criar um conjunto de suspeitas, para alicerçar o argumento da ilegitimidade da vitória”.

Argumenta que a propalada acção da UNITA de destituir o” Presidente da República, sem factos que encontrem fundamento respaldado na Constituição só é possível ser criada por uma organização política que consciente da sua notória e cada vez mais evidente incapacidade de conviver numa sociedade democrática e pluralista”.

O comunicado alerta que a UNITA está a criar um ambiente institucional contrário ao que o MPLA, através do seu Grupo Parlamentar proclamou recentemente, para um maior diálogo e inclusão no debate político.

Recentemente, a UNITA saudou a iniciativa de diálogo apresentada pelo MPLA, onde apresentou uma proposta de agenda de diálogo. Com a recente acção de destituição do Presidente da República, demonstra falta de seriedade e disponibilidade para uma sã convivência institucional.

Texto: NJ
Fotos: DG