Jornal ÉME — Luanda — 23.08.24 — A figura e obra do nacionalista, Agostinho André Mendes de Carvalho “Uanhenga Xitu”, foram destacados nesta quinta-feira (22) no Colo e Bengo, pelos militantes e simpatizantes do MPLA de várias gerações.
Estas apreciações foram feitas durante uma palestra realizada pelo Comité Provincial do MPLA de Luanda, no quadro das comemorações do centenário natalício de Mendes de Carvalho, político e escritor, falecido no dia 13 de Fevereiro de 2014.
Na homenagem marcou presença, o Segundo-Secretário do Comité Provincial do MPLA de Luanda, Ermelindo Pereira e outros líderes do Partido e do Governo.
Entre muitos outros importantes aspectos, destacados na sessão de abertura, o político ressaltou que o tributo é extensivo a sua carreira revolucionária e nas enormes contribuições prestadas ao País e seu amor pela terra natal.
Esta homenagem celebra o dia 29 de Agosto de 1924 que corresponde a celebração dos 100 anos de Agostinho Mendes de Carvalho.
Na mesma cerimónia, o orador e docente universitário, Manuel Muanza, recordou que a obra do renomado escritor é inseparável do simbolo do humanismo progressista.
A lembrar a vida do político, apontou alguns exemplos para ressaltar a função pedagógica dos textos literários que Uanhenga Xitu escreveu e deixou as novas gerações para o aprendizado sobre as várias lições da vida social e política.
De muitas dimensões, também veio o tributo, do Primeiro-Secretário do Comité Municipal do Icolo e Bengo, João de Almeida, que manifestou regozijo, pelo facto desta edilidade acolher o acto, para homenagear um dos filhos mais importantes desta Pátria.
Já o sobrinho e representante da família, Manuel Pimentel considerou Agostinho Mendes de Carvalho um patriarca justo que legou um testamento e trabalho extremamente significativo como homem do povo que era.
Fez igualmente parte da comemoração do centenário natalício, a Coordenadora Adjunta do Grupo de Acompanhamento do Secretariado do Bureau Político do MPLA ao município de Icolo e Bengo, Rute Mendes.
A cerimónia juntou no Auditório do Comité Municipal do MPLA do Icolo e Bengo, membros do Secretariado do Comité Provincial do Partido de Luanda, da família, Primeiros-secretários municipais, Distritos Urbanos e Comunas, bem como distintos participantes.
Militante do MPLA, foi preso pela polícia política portuguesa (PIDE-DGS) em 1959, por actividades políticas, que visavam a independência de Angola e, de 1962 a 1970, esteve preso no Campo de Concentração do Tarrafal em Cabo Verde.
Ao longo da vida publicou livros como “Meu Discurso”, “Bola Com Feitiço”, “Manana”, “Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem”, “O Ministro” e “Cultos Especiais”.
Texto: JG
Fotos: DG