Jornal ÉME – Cuando – 24.03.2025 – O secretário de Estado dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Domingos Tchikanya, enalteceu, domingo (23/03), o sacrifício consentido pelos antigos combatentes na vitória da Batalha do Cuito Cuanavale, que permitiu a viragem da política e do desenvolvimento da África Austral.

O governante discursava no acto de homenagem aos heróis dessa batalha, no quadro das comemorações dos 37 anos da efeméride. Sublinhou que, graças à abnegação dos combatentes, o continente africano se livrou totalmente do regime de segregação racial, possibilitando as independências da Namíbia e do Zimbabué.

Domingos Tchikanya defendeu ainda a necessidade do reconhecimento contínuo a todos os filhos tombados durante a luta de libertação da região da África Austral, bem como a imortalização dos seus feitos.

BATALHA DO CUITO CUANAVALE

Celebrada a 23 de Março, a Batalha do Cuito Cuanavale é considerada a maior batalha convencional travada no continente africano desde a Segunda Guerra Mundial.

O conflito, ocorrido no sudeste de Angola, onde convergem os rios Cuito e Cuanavale, marcou a derrota das forças invasoras sul-africanas pelas tropas internacionalistas cubanas, em conjunto com as Forças Angolanas Populares de Libertação de Angola (FAPLA).

Este marco sinalizou o início do fim do oprobrioso regime do Apartheid.

A batalha foi o ponto culminante de uma etapa do processo que determinou o rumo da libertação e consolidação das independências dos países da África Austral, destacando a libertação de Nelson Mandela, a queda do regime racista da África do Sul e a Independência da Namíbia.

Texto: DN