Jornal ÉME – Luanda – 16.05.23 – A Vice-presidente da República, Esperança Costa, está desde o início da tarde de terça-feira (16) na província do Zaire, com a finalidade de avaliar o cumprimento do plano integrado de gestão de Mbanza Kongo, enquanto Património Mundial Cultural da Humanidade.

Na capital do antigo Reino do Congo, a Vice-presidente da República orientou, no período da tarde, a Primeira Sessão Ordinária da Comissão Nacional Multissectorial para a Salvaguarda do Património Cultural Mundial.

Durante a referida sessão, Esperança da Costa inteirou-se pormenorizadamente dos aspectos atinentes à implementação das recomendações da UNESCO, sobre o plano de gestão de Mbanza Kongo, bem como o estado actual dos sítios à volta da mítica cidade, e as propostas de programa do Festival Internacional da Cultura, o Festikongo 2023.

À sua chegada, a Vice-presidente foi tributada por uma calorosa recepção nas terras do Kulumbimbi, proporcionada pelas autoridades administrativas, tradicionais, eclesiásticas e população, tendo em seguida transmitido as saudações do Presidente João Lourenço, ao povo do Zaire, anunciando que trazia na “bagagem” novidades que vão deixar satisfeitos os habitantes daquela circunscrição, localizada a norte do território nacional.

Logo após a caminhada com destino ao Lumbu, instituição do direito tradicional costumeiro da região, Esperança da Costa manteve um breve encontro com o governador provincial, Adriano Mendes de Carvalho, de quem recebeu informações sobre a situação social e económica da região.

No quadro da sua inédita agenda de trabalho em Mbanza Kongo, com duração de 48 horas, a número dois na hierarquia do Executivo angolano vai proceder a inauguração do Centro Cultural Comandante Bula, constatar o andamento das obras de impacto social e conceder audiências a várias figuras da sociedade local.

Dados concedidos pela UNESCO, apontam a cidade de Mbanza Kongo, como sendo a capital política e espiritual do Reino do Congo, um dos maiores estados constituídos na África Austral, do século XIV ao século XIX, dividido na altura em seis províncias que ocupavam parte das actuais República Democrática do Congo, Gabão, República do Congo Brazaville e uma vasta região do território angolano.

A decisão de declarar o Centro Histórico de Mbanza Kongo como Património Mundial Cultural da Humanidade, foi tomada no dia 8 de Julho de 2017, após uma votação unânime do Comité do Património Mundial das Nações Unidas, ocorrido durante a quadragésima primeira sessão solene do referido órgão, decorrido na cidade de Cracóvia, na Polónia.

NBS