Jornal ÉME – Luanda – 15.05.23- Empresários alemães, checos e franceses colocaram, no sábado (13), Angola no topo da lista dos países africanos, como destino certo e atractivo para os seus investimentos.

A disponibilidade foi manifestada pelo Executivo do Conselho de Administração para os Assuntos Económicos Europeus, Volker Tremer durante um encontro de trabalho com a delegação angolana encabeçada pelo ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João.

Na ocasião, Tremer afirmou que “as nossas empresas não querem viver só de extrair matérias-primas em África e trazer aqui na Europa para transformá-lo”.

“Nós queremos investir nos países africanos. E um deles é certamente Angola. Por exemplo, queremos energias limpas e, falando em energias renováveis, Angola é um bom lugar”, adiantou o responsável da classe empresarial europeia.

O responsável europeu considerou a reunião, com a delegação angolana, de muito objectiva, pois permitiu que a Câmara tenha uma visão do ambiente de negócios em Angola, e foram clarificados os pontos estratégicos para a cooperação com o empresariado europeu, que busca novos mercados para investimentos que sirvam de motor para os diferentes sectores da actividade económica.

“Em resumo, sentimos que Angola pode ser considerada a porta de entrada para que membros da Câmara possam ter acesso a região Austral de África”, referiu.

Como perspectiva de curto prazo temporal, Volker Tremer adiantou que a Câmara tem dois milhões de dólares para investir em Angola, onde a aposta vai estar virada para a transformação de resíduos sólidos, energias renováveis e construção civil.

No final da reunião, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, referiu que a partir de agora vai-se trabalhar em três eixos definidos, nomeadamente na possibilidade de organização de Feiras em conjunto, assistência técnica ao Ministério da Indústria e Comércio, para a orientação do processo de certificação de origem dos produtos, e na identificação de potenciais parceiros, em função das prioridades do país e das empresas.

Durante o mandato do Presidente João Lourenço e à luz do Plano Nacional de Desenvolvimento, o país vem envidado e mobilizando todos os esforços para melhorar o seu ambiente de negócios, cujas conquistas têm sido reportadas pelo Banco Mundial.

Por exemplo, a instituição em referência possui alguns pontos fortes relacionados com este aspecto, como as melhorias feitas no pagamento de impostos pelo Ministério das Finanças, através da Administração Geral Tributária, a abertura de empresas e a obtenção de licenças de construção, de electricidade, bem como o registo de propriedade de forma célere.

NBS