Jornal ÉME – Luanda – 24.03.2025 – A embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais, anunciou, que o bloco comunitário vai financiar um total de 50 milhões de euros para apoiar o programa de desenvolvimento de cadeias de valor agrícola no Corredor de Lobito.
Este financiamento representa um impulso significativo para a região, visando o fortalecimento do sector agrícola ao longo desta importante rota logística.
Segundo a diplomata, a prioridade da União Europeia em Angola para os próximos anos reside no desenvolvimento do Corredor do Lobito. Esta visão abrange não apenas o seu papel geoestratégico como corredor de transporte a nível mundial, mas principalmente o seu potencial para impulsionar a diversificação económica e gerar oportunidades de emprego para a juventude angolana.
De acordo com Rosário Bento Pais, que se pronunciou durante a 10.ª reunião de direcção do programa de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional, o desenvolvimento do Corredor do Lobito permitirá, a curto prazo, consolidar um eixo económico de transporte descentralizado de Luanda e mais próximo do sul de Angola.
Esta iniciativa visa aproximar as províncias da região ao centro de desenvolvimento económico do país e da África Austral.
A embaixadora da União Europeia descreveu o Corredor do Lobito como “um corredor económico crucial que liga Angola, a República Democrática do Congo e a Zâmbia aos mercados globais” e que, “ao facilitar o comércio de matérias-primas essenciais, promove a indústria local e amplifica o impacto dos investimentos para o respectivo projecto”.
Este investimento faz parte da estratégia “Global Gateway” e visa fortalecer a resiliência e a segurança alimentar em Angola.
Com este financiamento, espera-se que o desenvolvimento da região traga melhorias significativas na infra-estrutura e nas condições de vida da população local.
Por outro lado, a Lobito Atlantic Railway, concessionária do Corredor do Lobito, vai receber até final de Abril do presente ano o financiamento de 500 milhões de dólares da Devolopment Finance Corporation, dos 878.600 milhões previstos.
Os fundos provenientes da DFC, agência financeira de desenvolvimento dos Estados Unidos, serão destinados à construção e ao desenvolvimento de infra-estruturas ao longo do corredor, especificamente no lado angolano, complementando os esforços de desenvolvimento da região.
Texto: NBS