Jornal ÉME – 07.03.22 – A comunicação social angolana perdeu (03) um veterano ligado à sua história que de forma muito discreta desempenhou várias funções de relevo nestes quase últimos 47 anos da Independência.

Trata-se de Dembo do Amaral e Silva, 68 anos, que, ainda criança, experimentou o exílio em Kinshasa, na RDC, e posteriormente, em Brazzaville, na República do Congo.

Depois da Independência iniciou a sua actividade  profissional como quadro do Departamento de Informação e Propaganda do Comité Central do MPLA, evoluindo sucessivamente pela Rádio Nacional de Angola, Embaixada de Angola no Reino Unido e, finalmente, como encarregado de imprensa  da Embaixada da África do Sul em Luanda.

Aprofundou a sua formação em jornalismo  no “City College” de Londres , em 1985,  país para onde regressou entre 1990 e 1994 na qualidade de Adido de Imprensa da Embaixada de Angola.  Era licenciado em ciências de educação pela Universidade Agostinho Neto, e em políticas internacionais pela Universidade de UNISA, na África do Sul, onde fez a pós-graduação nesse ramo.

Jornalista muito simples e discreto, Dembo do Amaral pautava-se pelo rigor e o profissionalismo. A sua morte foi um choque para todos quantos se relacionaram com ele dentro e fora das instituições em que trabalhou.

Dembo do Amaral deslocou-se a Portugal em Dezembro último para tratamento médico, mas  acabou por sucumbir no dia 03 de Março, mês em que iria completar 69 anos de idade. O seu funeral realizou-se no dia 6 de Março, em Lisboa.

Casado e chefe de família exemplar, Dembo do Amaral deixa a esposa, 5 filhos e 7 netos.