Jornal ÉME- Moxico- 10.09.24 – A comuna do Lucusse, município do Luena, província do Moxico, tem vindo a figurar-se entre os maiores produtores da mandioca na região leste do País, e que tem sido um dos principais alimentos e como produto para comercializar com as regiões circunvizinhas.

Com vista a dar maior visibilidade à produção do tubérculo, o Secretariado Executivo Nacional da OMA efectuou (09/09) uma visita à Fazenda T-Mariz, que se dedica ao cultivo da mandioca, milho e bombó para aferir os principais desafios, necessidades e apoiar com diversos meios de trabalho para criar sustentabilidade das famílias camponesas.

Implantada num espaço total de mil hectares, a fazenda está operacional desde 2006, e produz anualmente mais de 50 toneladas de milho, 500 toneladas de mandioca, que depois é transformada numa indústria nos arredores da cidade do Luena, na aldeia do Dala.

Ao falar à imprensa, a proprietária da Fazenda, Teresa de Castro Mariz, adiantou que as actividades contam com uma força de trabalho de 59 trabalhadores, cujo principal destino dos produtos são as províncias do Moxico, Lunda Norte, a cidade do Saurimo, e o mercado do KM 30, em Luanda.

Apontou o aumento de equipamentos de trabalho, concessão de créditos bancários e a concessão de títulos de terras como as principais dificuldades que enfrentam os produtores.

Por sua vez, a Secretária-Geral da OMA, Joana Tomás, disse que deslocou-se ao local para dar o seu voto de confiança para todas as mulheres que fazem uma aposta séria na agricultura, e que prestam o seu contributo no empoderamento de outras mulheres e na diversificação da economia nacional.

A dirigente enalteceu o desempenho da agricultora no âmbito da responsabilidade social, com a construção de uma escola que permitiu a retirada de muitas crianças fora do sistema de ensino e combater o índice de analfabetismo no seio das comunidades.

A comuna do Lucusse dista a cento e 10 quilómetros da cidade do Luena, com uma população que se dedica maioritariamente à agricultura de subsistência, com realce para o milho, batata-doce, massango, massambala, mandioca e banana.

Texto: DN