Jornal ÉME – Luanda – 01.05.2025 – Um aumento preocupante no número de casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e outros acidentes cardiovasculares em jovens entre os 18 e 50 anos tem gerado grande apreensão entre especialistas de saúde em todo o País.

Em declarações à imprensa, o médico especialista em Cirurgia Geral, Cruz Matete, recordou que anteriormente os casos eram mais propensos em adultos dos 60 aos 80 anos, contrariamente ao actual cenário.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), explicou, também conhecido como derrame, ocorre quando há interrupção ou comprometimento da circulação sanguínea no cérebro, levando à morte de células cerebrais.

“A patologia pode causar danos permanentes ao cérebro, levando a défices neurológicos. A identificação e o tratamento rápidos são cruciais para minimizar as sequelas.”

Segundo o especialista, o AVC pode ser isquémico (obstrução de um vaso) ou hemorrágico (ruptura de um vaso), este último considerado mais grave.

Cruz Matete informou que o Acidente Vascular Cerebral pode manifestar-se através de diversos sinais, incluindo, fraqueza muscular,
perturbações de visão, desvio labial,
dificuldade na fala
tontura, dores de cabeça intensas, dificuldade para engolir, dormência, dor no peito, falta de ar e cansaço persistente.

Os principais factores de risco associados ao AVC incluem, alcoolismo sedentarismo, histórico familiar tabagismo, diabetes, hipertensão, colesterol alto, uso de drogas, idade avançada e obesidade.

“O consumo excessivo de álcool, mudanças climáticas, altas temperaturas, poluição ambiental, hereditariedade e factores hematológicos também podem estar na base do surgimento da patologia”, acrescentou.

Em relação ao diagnóstico, afirmou ser feito mediante exame físico, imagiologia (tomografia computadorizada, ressonância magnética, electrocardiograma e ultrassonografia).

No que diz respeito aos acidentes cardiovasculares, o médico disse ser um grupo de doenças que afectam o coração e os vasos sanguíneos.

O especialista alertou que a patologia é um inimigo silencioso e aconselha os jovens a fazerem consultas de rotina, para avaliação da pressão arterial, glicemia, entre outros exames.

“Devemos evitar também o uso de fármacos sem prescrição médica”, acautelou o especialista em Cirurgia Geral.

Texto: NJ/JA