Jornal ÉME – Luanda – 13.02.23 – O director-geral do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), Zolana João, disse, em Luanda, que a comercialização dos serviços do Angosat-2 varia entre 750 a 900 dólares por megahertz para a banda C, por ser o preço médio da região.

Falando à imprensa depois da cerimónia de lançamento dos serviços do Angosat-2, Zolana João, sublinhou que foram feitos estudos de mercado com empresas experientes no continente africano, “abrindo uma janela dos valores referidos a serem pagos em Kwanzas, garantindo uma disponibilidade de 99,9 por cento”.

Segundo o director-geral, o satélite angolano vai permitir que as operadoras nacionais de telecomunicações e o Governo beneficiem dos serviços de banda larga, com custos baseados na moeda nacional, ajudando a gerir melhor os investimentos e ajustá-los a realidade do usuário final.

O responsável esclareceu que a pretensão é alcançar, com o Angosat-2, as regiões totalmente desconectadas para fomentar e incrementar os negócios, contribuindo, consideravelmente, para a diminuição da exclusão digital em Angola e no continente africano.

No entanto, alguns gestores mostraram-se expectantes com os preços dos serviços fornecidos pelo Angosat-2.

O presidente do Conselho de Administração da Angola Telecom, Adilson dos Santos, espera mais comunicação e competitividade com a comercialização em moedas nacional, permitindo que nos locais mais longínquos seja possível transmitir e conectar, a um preço mais barato, melhorando a info-inclusão.

Já o director comercial da Angola Cables, SA, Rui Faria, assegurou que a empresa tem interesse no mercado africano, por ser prioritária a oferta para o mercado do continente, “porque em África há ainda pouca abertura”.

“Analisamos os preços, porque não somos um operador a retalho e o nosso objectivo é, acima de tudo, levar internet de qualidade e outros serviços que Angola Cables tem, através do Angosat-2”, enfatizou.

Com vida útil prevista de 15 anos, o Angosat-2, lançado em órbita a 12 de Outubro de 2022, pelo foguete “Proton-M”, é um dos projectos do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), órgão afecto ao Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

Texto: NJ/EMS