Plano de Desenvolvimento das Agrovilas visa melhorar condições de vida, impulsionar agricultura e reduzir êxodo rural
Jornal ÉME – Luanda – 06.03.2025 – O Governo angolano anunciou a criação de novas comunidades rurais sustentáveis em cinco províncias do País, nomeadamente nas províncias do Cunene, Cuando, Moxico Leste, Malanje e Cuanza-Norte.
A iniciativa, parte do Plano de Desenvolvimento das Agrovilas (PDA), e tem como objectivo principal promover a agricultura como actividade económica central, melhorando as condições de vida das famílias rurais e impulsionando o desenvolvimento socioeconómico das regiões.
As agrovilas serão comunidades integradas, equipadas com habitação, infraestruturas básicas (como água, energia e vias de acesso) e serviços essenciais (como escolas e centros de saúde).
O foco na agricultura visa aumentar a produção e a produtividade agropecuária, gerar renda e emprego, reduzir a pobreza e mitigar o êxodo rural, um desafio significativo em muitas áreas do País.
Na fase inicial do projecto, serão estabelecidas cinco agrovilas, beneficiando três mil e 557 famílias, o equivalente a aproximadamente 17.785 pessoas.
O projecto é direccionado a famílias vulneráveis, jovens, antigos combatentes e veteranos da Pátria, bem como a outros cidadãos interessados em actividades agrícolas.
Espera-se que as novas comunidades rurais sustentáveis tenham um impacto significativo no desenvolvimento das áreas rurais de Angola, promovendo a segurança alimentar, a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida das populações locais.
O projecto também representa um passo importante na diversificação da economia angolana, reduzindo a dependência do sector petrolífero.
Os terrenos atribuídos serão utilizados para habitação e produção agro-pecuária, abrangendo culturas como grãos, frutas e hortícolas, além da pecuária e piscicultura.
Os lotes terão áreas diferenciadas, variando de pequenas parcelas para agricultura familiar a extensões maiores para a produção em escala, com terrenos de 2,5 hectares e outros que poderão atingir 5 ou 10 hectares, dependendo da exploração pretendida.
A gestão da identificação, loteamento e titulação dos terrenos ficará a cargo dos órgãos da Administração Local do Estado, garantindo segurança jurídica aos beneficiários.
O PDA inclui ainda a construção de infraestruturas essenciais, como vias de acesso, redes de energia e abastecimento de água, além de equipamentos sociais e apoio técnico para os agricultores.
Texto: JÉME/DN