Jornal ÉME – Luanda – 12.11.2025 — As comemorações dos 50 anos da Independência Nacional de Angola tiveram início na terça-feira (11), em Luanda, com 21 salvas de canhão que anunciaram um dos momentos mais marcantes da história recente do país.

O acto central foi presidido pelo Chefe de Estado, João Lourenço, e contou com a presença de vários chefes de Estado e convidados estrangeiros, entre os quais o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, a Presidente da Índia, Droupad Murmu, o ex-Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, e o Presidente da República do Congo, Denis Sassou N’Guesso.
Representantes da Arábia Saudita, Brasil, África do Sul e Zimbabué também marcaram presença, reforçando os laços de amizade e cooperação entre as nações.
No seu discurso à Nação, o Presidente João Lourenço destacou o contributo de Angola na libertação da Namíbia e no fim do regime do Apartheid na África do Sul, relembrando a vitória histórica na batalha do Cuito Cuanavale, símbolo da coragem e da solidariedade africana.
O estadista sublinhou ainda os avanços registados nos sectores da educação, saúde, agricultura e indústria, reconhecendo que “há ainda caminhos a percorrer” rumo ao desenvolvimento sustentável. Referiu-se também ao Corredor do Lobito como um pilar estratégico para o crescimento económico e a integração regional.

Encerrando a sua intervenção, João Lourenço apelou ao envolvimento de todos no progresso nacional:
“Precisamos todos de trabalhar mais e melhor e de criar a consciência de que o progresso e o desenvolvimento não vêm apenas da acção dos governos, mas sim do esforço colectivo e conjugado de toda a sociedade.”
O evento culminou com um desfile cívico e militar, no qual as 21 províncias exibiram a riqueza das suas tradições ao som da kizomba, semba e batuque, seguido pela demonstração da força e disciplina das Forças Armadas Angolanas, sob aplausos do público na Praça da República.
As celebrações do 50º aniversário da Independência Nacional reafirmaram o espírito de unidade e o compromisso de Angola com o futuro — uma Nação livre, resiliente e em constante progresso.
Texto: AP

