Jornal ÉME- Luanda – 08.05.2025 – Angola registou uma melhoria no seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas (ONU), ascendendo duas posições no ranking global.

De acordo com o relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o País passou da 150.ª para a 148.ª colocação.

O Relatório de Desenvolvimento Humano referente a 2023 revela um panorama misto entre os países lusófonos.

Enquanto Angola e outros cinco membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) subiram no ranking, Cabo Verde apresentou um recuo, descendo da 131.ª para a 135.ª posição.

Portugal mantém-se como o único país da CPLP na categoria de Desenvolvimento Humano “muito elevado”, enquanto o Brasil integra o grupo de países com “elevado” desenvolvimento humano.

Guiné-Equatorial, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Timor-Leste figuram na categoria de desenvolvimento humano “médio”.

Guiné-Bissau e Moçambique permanecem na faixa de desenvolvimento humano “baixo”, liderada negativamente pelo Sudão do Sul na 193.ª posição.

A África Subsaariana continua a ser a região com os indicadores de IDH mais baixos a nível mundial.

O relatório também aponta para um aumento da desigualdade entre os países com IDH baixo e muito alto pelo quarto ano consecutivo, revertendo uma tendência de redução observada anteriormente.

Apesar do progresso de seis dos nove membros da CPLP no ranking do IDH, incluindo a manutenção de Portugal no patamar mais alto e de Guiné-Bissau e Moçambique no mais baixo, o documento da ONU evidencia uma estagnação geral no desenvolvimento humano em todas as regiões do planeta.

Curiosamente, o relatório sugere que a Inteligência Artificial (IA) poderá ter um papel crucial na revitalização do desenvolvimento global.

O estudo revela um progresso global do desenvolvimento humano “surpreendentemente fraco” fora dos anos críticos da pandemia de COVID-19.

De facto, o crescimento projectado para este ano é o menor desde 1990, indicando um aprofundamento das disparidades entre nações ricas e pobres.

Texto: JG